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Mariana Pezzo - Publicado em 21-09-2017 13:00
Palestra abordará impossibilidade de tradução do texto literário
Eventos partem do pressuposto de que a tradução atravessa nosso dia a dia. Foto: Pixabay.
Eventos partem do pressuposto de que a tradução atravessa nosso dia a dia. Foto: Pixabay.
Na próxima terça-feira, dia 26 de setembro, o grupo de pesquisa LEETRA (Linguagens em Tradução) da UFSCar estreia a série de eventos intitulada "Terças Intraduzíveis", com a presença de Simone Homem de Mello, escritora, tradutora e coordenadora do Centro de Estudos de Tradução Literária do Museu Casa Guilherme de Almeida, na cidade de São Paulo. Sob o título "A intraduzibilidade como álibi da tradução", a palestra abordará algumas consequências teóricas e práticas da constatação nada incomum de que é impossível se traduzir um texto literário, sobretudo poesia, para outro idioma.

Simone Homem de Mello é autora e tradutora literária. Sua poesia está publicada nos livros Périplos (2005), Extravio marinho (2010) e Terminal, à escrita (2015) e em antologias brasileiras e estrangeiras. Escreveu os libretos das óperas Orpheus Kristall (composição de Manfred Stahnke, Munique, 2002), Keine Stille au?er der des Windes (composição de Sidney Corbett, Bremen, 2007) e UBU - Eine musikalische Groteske (composição de Sidney Corbett, Gelsenkirchen, 2012). Como tradutora, dedica-se à poesia moderna e contemporânea de Língua Alemã. Além do Centro de Estudos de Tradução Literária, coordena a Pesquisa do Acervo Haroldo de Campos, no Museu Casa das Rosas, também em São Paulo.

A estreia das "Terças Intraduzíveis" acontece às 16 horas, na Biblioteca Comunitária (BCo) da UFSCar, na área Norte do Campus São Carlos. A série de palestras e rodas de conversa parte da constatação de que, no momento contemporâneo do terceiro milênio e das grandes migrações, falar em tradução já não implica apenas pensar na tradução de compêndios reconhecidos da literatura universal: a tradução atravessa constantemente nosso dia a dia, mesmo dentro da universidade, em que falantes das mais diversas línguas e culturas se interpelam em busca de tradução e de compreensão. "E a tradução se presentifica, ainda, dentro da língua de cada um de nós, em cada frase que pronunciamos e para a qual buscamos um equivalente, em meio aos mais diversos mal entendidos da vida cotidiana", completam os organizadores na apresentação do projeto.

A participação é gratuita e aberta a todas as pessoas interessadas. Mais informações sobre o LEETRA, coordenado por Maria Silvia Cintra Martins, docente do Departamento de Letras (DL) da UFSCar, podem ser conferidas no site do grupo de pesquisa.