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Fabricio Mazocco - Publicado em 08-11-2017 13:00
UFSCar reformula processos e rotinas em prol do meio ambiente
Café agroecológico originário da agricultura familiar (Foto: Matheus  Mazini - CCS/UFSCar)
Café agroecológico originário da agricultura familiar (Foto: Matheus Mazini - CCS/UFSCar)
Como forma de reforçar o seu compromisso com o respeito ao meio ambiente, a UFSCar tem encampado ações para a racionalização do uso de recursos e implementado processos mais sustentáveis, como a compra de produtos agroecológicos e a redução do consumo de papel, cartuchos para impressoras e de copos descartáveis.

Em março deste ano, a UFSCar abriu a primeira chamada pública para compras de produtos originários da agricultura familiar. Depois, foram lançadas mais duas chamadas com o mesmo objeto. Assim, a Universidade adquiriu 9 mil pacotes de café tradicional, mil pacotes de café agroecológico, 8,3 mil pacotes de açúcar cristal e 8,2 mil quilos de feijão, além de frutas, legumes e verduras, todos eles vindos da agricultura familiar. Essas ações são coordenadas pelo Comitê Gestor do Programa de Aquisição de Alimentos, vinculado às pró-reitorias de Administração (ProAd) e de Assuntos Comunitários e Estudantis (ProACE), e contam com o apoio técnico da Secretaria Geral de Gestão Ambiental e Sustentabilidade (SGAS).

A UFSCar é uma das universidades pioneiras na compra de alimentos e produtos originários da agricultura familiar por meio da modalidade de compra PAA-CI (Programa de Aquisição de Alimentos - Compra Institucional), em consonância com lei de 2012 que permite justamente compras de alimentos da agricultura familiar e com outra de 2015 que passou a obrigar que 30% das compras fossem desse tipo de agricultura. 

Contra o desperdício
A SGAS criou quatro Grupos de Trabalho (GT) voltados à proposição de ações específicas na área de gestão ambiental. O Grupo 1 - de Compras e Contratações Sustentáveis e Materiais de Consumo - foi o primeiro a iniciar suas atividades. "O objetivo do GT é fazer uma análise e diagnóstico das contratações públicas em termos de sustentabilidade, que é algo novo. O nosso foco maior é na racionalização do uso de papel para impressão, cartuchos e copos descartáveis", explica Altair José Dovigo, da SGAS, que coordena o Grupo junto com Rogério Colaço, da Divisão de Suprimento, e Junior Assandre, da ProAd. 

Para se ter uma ideia, apenas em 2016, a Universidade utilizou 9.651 resmas de papel A4, o que significou um gasto de R$ 95 mil. A intenção do GT1 é reduzir esse consumo em 10%. Para isso, serão propostas ações como a diminuição do número de impressoras e a ampliação de ilhas de reprodução de cópias; campanhas de sensibilização e conscientização; e implementação de processos eletrônicos de tramitação de documentos.

Outros dois alvos são os cartuchos e copos descartáveis. Entre 2014 e 2015 foram distribuídos 1.426 cartuchos e toners de impressão, o que gerou um gasto de cerca de R$ 100 mil. Entre as sugestões para reduzir em 10% o uso destes produtos estão, por exemplo, a padronização de impressoras e o incremento dos contratos de terceirização de impressão.

Já em relação aos copos descartáveis, em 2016, o Almoxarifado da Universidade distribuiu 1.729 pacotes com 100 unidades de copos de café (50 ml) e 6.100 pacotes com 100 unidades de copos de água (180 ml), o que gerou uma despesa de R$ 14 mil. A estimativa de redução é de 30% com a ampliação do Projeto Canecas (distribuição de canecas reutilizáveis entre os membros da comunidade universitária) e a consequente utilização de copos e xícaras não descartáveis em todos os setores da Instituição.

Compras cada vez mais sustentáveis também estão entre os objetivos da Universidade. Além da aquisição de gêneros alimentícios da agricultura familiar, que já está em curso, a ideia é capacitar servidores para a realização de compras utilizando critérios de sustentabilidade. "Acreditamos que todas essas ações possam, em breve, contribuir para o melhor uso e conservação dos recursos, contribuindo para a sustentabilidade e diminuindo o impacto de nossas atividades no ambiente. É papel da UFSCar planejar e executar ações nessa área, podendo servir de modelo para outras instituições", conclui Marcelo Nivert Schlindwein, Secretário Geral de Gestão Ambiental e Sustentabilidade da UFSCar.