Notícia

João Eduardo Justi - Publicado em 15-02-2018 13:00
O sabor (e o poder) da tradição
Formato de cabaça é uma das marcas registradas do Porungo (Foto: Tiago Santi)
Formato de cabaça é uma das marcas registradas do Porungo (Foto: Tiago Santi)
Quando chegou ao Campus Lagoa do Sino da UFSCar, o mineiro Natan de Jesus Pimentel Filho não imaginava que, no novo lar, poderia dar continuidade com tanta intensidade a uma das paixões trazida de sua terra natal. Cultivado desde a infância na cidade de Mariana, o gosto de Natan pelo queijo ganhou contornos acadêmicos na graduação em Ciência e Tecnologia de Laticínios e, depois, no mestrado e no doutorado, todos concluídos na Universidade Federal de Viçosa (UFV). Lá, Natan participou de projetos relacionados à caracterização e à regulamentação do queijo Minas produzido artesanalmente, um exemplo de sucesso que inspirou as atividades que passou a desenvolver com outro queijo, o Porungo, quando iniciou sua carreira docente no Centro de Ciências da Natureza (CCN) da UFSCar, no final de 2014.  

Nos últimos anos, os organismos legisladores brasileiros têm dispensado atenção à proteção e à certificação de produtos artesanais, com procedimentos que beneficiam os próprios produtores - pela agregação de valor ao produto, por exemplo - e, também, os consumidores, que têm garantias da qualidade e autenticidade. Assim, atualmente, no Brasil, é possível regulamentar a produção de queijos artesanais fabricados a partir de leite cru - como é o caso do Porungo -, desde que uma série de condições sejam atendidas. E é aí que o papel da Universidade ganha relevância, no estudo do processo produtivo, definição e aprimoramento de características físicas, químicas e microbiológicas desses produtos. Conheça o trabalho dos pesquisadores da UFSCar junto aos produtores do queijo Porungo, na segunda edição da Revista UFSCar.