Notícia

Mariana Pezzo - Publicado em 25-05-2017 15:00
Curso de Engenharia Ambiental de Lagoa do Sino recebe avaliação positiva
Infraestrutura e bibliografia serão foco de esforços de aprimoramento. Foto: Tiago Santi/SeCS-LS
Infraestrutura e bibliografia serão foco de esforços de aprimoramento. Foto: Tiago Santi/SeCS-LS
O curso de Engenharia Ambiental do Campus Lagoa Sino - primeiro dos cinco cursos do Campus a ser avaliado pelo Ministério da Educação (MEC) no processo de reconhecimento - recebeu a nota 4, em uma escala na qual o máximo é 5. A nota 4 é concedida aos cursos que apresentam um perfil muito bom, com base em três dimensões: organização didático-pedagógica; corpo docente e tutorial; e infraestrutura.

A comissão de avaliação designada pelo MEC esteve no Campus Lagoa do Sino no mês de abril e, em seu parecer, considerou "extremamente louvável" o trabalho em desenvolvimento, "um grande desafio que está sendo conduzido com maestria" pela Instituição. Destacaram-se positivamente na avaliação especialmente o projeto pedagógico e o corpo docente (em relação à titulação e à produção científica). A Coordenadora do curso, Monica Helena Marcon Teixeira Assumpção, afirma que a nota recebida pode ser considerada excelente. "Diante da nota recebida, temos a responsabilidade de ao menos mantê-la, o que, por si só, é um grande desafio. As maiores notas foram relativas ao projeto pedagógico e ao corpo docente e, assim, acreditamos que podemos melhorar em quesitos como infraestrutura dos edifícios, acessibilidade e bibliografia, nos quais as notas foram menores", relata a docente.

Para o professor Luiz Manoel de Moraes Camargo Almeida, Diretor do Centro de Ciências da Natureza (CCN) do Campus Lagoa do Sino, os maiores desafios enfrentados tornaram-se os maiores atributos do Campus e sua comunidade. "O engajamento e o sentimento de pertencimento em relação ao Campus e seu projeto de seguir a qualidade institucional e transformar o território, juntamente com a responsabilidade de atingir os objetivos do seu doador e, também, de construir uma identidade a partir da concepção de campus e de uma nova concepção pedagógica, tornaram menores os desafios macro do País e das operacionalidades das instituições, que estão sendo contornados", avalia.

Outro destaque no relatório da comissão avaliadora foi a conclusão de que o projeto pedagógico do curso contempla, de forma excelente, as demandas da realidade territorial da região, que abrange, além do município sede de Buri, cerca de 40 municípios próximos. O documento também ressalta o diálogo com os eixos propostos no projeto original de criação do Campus: Desenvolvimento Sustentável Territorial; Soberania e Segurança Alimentar; e Agricultura Familiar.

A Coordenadora do curso também destaca que alguns desafios foram evidenciados pela avaliação. "Os avaliadores fizeram diversas críticas construtivas ao curso, e a coordenação acredita que temos muito a melhorar. Dessa forma, o núcleo docente estruturante, assim como o conselho de coordenação do curso, atuarão de forma intensa para evoluir com base nas críticas que recebemos e melhorar nos aspectos em que tivemos as menores notas", finaliza.

A estudante Alcione Letícia Sant'Ana, do quarto ano de Engenharia Ambiental, avalia o projeto pedagógico como inovador, "um diferencial que proporciona uma visão mais ampla dos problemas, além de sedimentar melhor o conhecimento". Embora reconheça necessidades de ajustes e dificuldades a serem superadas, Sant'Ana também registra a excelência e dedicação dos docentes e o empenho de técnico-administrativos no suporte aos estudantes.

O curso
Implantado em 2014, o curso de Engenharia Ambiental do Campus Lagoa do Sino da UFSCar oferta anualmente 50 vagas e tem duração de cinco anos em período integral. O curso forma profissionais para atuar na conservação, preservação e manejo dos recursos naturais; na prevenção e controle de impactos ambientais (sobre água, ar, solo e biodiversidade); na recuperação de áreas degradadas; e em projetos de reflorestamento.
O profissional formado é capaz de atuar de forma crítica, reflexiva, multidisciplinar, científica, técnica e com responsabilidade social, mantendo uma relação harmônica com o ambiente. Ele também possui capacidade de entender os processos ambientais articulados com os produtivos e os riscos existentes, analisar as intervenções humanas e planejar as interferências adequadas de forma a preservar, recuperar e utilizar, de forma sustentável, os recursos naturais.

Um diferencial do curso é a formação específica para prover a interface entre os conceitos de sustentabilidade ambiental e desenvolvimento territorial, por meio da compreensão dos problemas de gestão, econômicos, sociais e do ambiente e, fundamentalmente, de uma visão sistêmica dos processos rurais, agroindustriais e urbanos.

Saiba mais sobre o curso neste link.

Pesquisa e colaboração na redação: Tiago Santi.