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Janaína Felisberto - Publicado em 14-12-2018 13:00
Campus Araras celebra 25 anos do curso de Engenharia Agronômica
A egressa da UFSCar, Daniela Aragão (Foto: Acervo Pessoal)
A egressa da UFSCar, Daniela Aragão (Foto: Acervo Pessoal)
O Campus Araras da UFSCar está promovendo desde o mês de outubro uma série especial de reportagens com alunos egressos do curso de Engenharia Agronômica do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade. A iniciativa marca o "Dia Nacional do Engenheiro Agrônomo", comemorado em 12 de outubro, data da regulamentação da profissão no País. Além disso, em 2018, a UFSCar celebra os 25 anos de implantação do curso. Desde então, já foram formados mais de 800 profissionais, que atuam nas mais diversas áreas da Agronomia.

Esta quinta e última reportagem da série apresenta Daniela Aragão, que concluiu a graduação no ano de 2012 e, atualmente, é engenheira agrônoma na Canaoeste (Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo, uma das maiores associações de produtores de cana do mundo) onde presta assistência técnica a usinas e a produtores de cana-de-açúcar. A maior parte de seu trabalho é no campo, onde acompanha e planeja todas as fases da produção canavieira, do plantio à colheita. Além disso, ela realiza, periodicamente, visitas a propriedades rurais, para oferecer recomendações técnicas e acompanhar as operações a fim de otimizar os custos de produção.   

A história da egressa da UFSCar tem forte ligação com o esporte, antes de se decidir pela Agronomia. "Aos 11 anos, comecei a treinar atletismo e, por conta da minha carreira no esporte, as pessoas achavam que, no momento de ingressar na Universidade, eu escolheria Educação Física ou mesmo Fisioterapia", recorda. No entanto, acabou se decidindo pelas Ciências Agrárias, por conta de sua outra paixão: a natureza. Durante os dois primeiros anos da graduação, Daniela conciliou os estudos com o atletismo e atingiu as suas melhores marcas no esporte, sendo convocada a participar de competições importantes. Logo depois disso, porém, teve que tomar a difícil de decisão de abandonar o atletismo para priorizar a carreira profissional como engenheira agrônoma. 

Carreira que começou já no último ano da gradação, quando iniciou o estágio na própria Canaoeste, em Sertãozinho (SP). A seguir, assim que se formou, foi contratada pela empresa, para prestar assistência técnica a produtores de cana-de-açúcar na região de Pontal (SP). Neste mesmo ano, ingressou no curso de especialização em Gestão Industrial Sucroenergética da UFSCar.

Hoje, ela atua com segurança em um mercado historicamente marcado pela presença masculina. "Trabalho há quase sete anos na Canaoeste e apesar da maioria dos meus colegas ser homem, nunca tive problema. Na verdade, acho que o fato de ser mulher facilita um pouco pela sensibilidade e paciência no contato com os clientes", defende. Daniela é uma das únicas mulheres a ir a campo dentro da organização, sob a coordenação de outra mulher, a agrônoma Alessandra Durigan. 

Em relação ao período da graduação, ela afirma que o modo como conduziu o curso foi fundamental para seu sucesso. "Durante o curso de Engenharia Agronômica, me dediquei às disciplinas e participei de grupos de estudo desde o primeiro ano. Além disso, fui bolsista treinamento, bolsista de iniciação científica, publiquei artigos e realizei estágios durante todos os semestres da graduação", destaca.  

Aos futuros engenheiros agrônomos, ela aconselha: "Ter boa comunicação, ser prestativo e proativo é o que fez a diferença no mercado. Por isso, não importa sua origem, sexo, raça ou condição social; quando for realizar um estágio ou iniciar um programa de trainee, tenha iniciativa, não espere que seu supervisor solicite algo, mostre interesse, se antecipe, isso ajudará na concorrência com os outros profissionais", acredita Daniela Aragão. 

Na trajetória dela, é possível perceber o papel importante da Universidade, ao fornecer as ferramentas necessárias para que o aluno construa sua carreira de sucesso, tais como estágios em diversas áreas do conhecimento, oportunidades de iniciação científica, disciplinas teóricas com aplicação prática e fomento ao pensamento crítico.

A UFSCar oferece um dos mais conceituados cursos de Engenharia Agronômica da América Latina. Os estudantes do curso têm, além das disciplinas teóricas e as práticas de laboratório, a possibilidade de participar de diversas atividades de campo, muitas delas desenvolvidas no próprio Campus, uma antiga fazenda de 230 hectares, onde docentes da Engenharia Agronômica desenvolvem projetos de ensino, pesquisa e extensão em vários setores das Ciências Agrárias.

A coordenação do curso está a cargo do professor Ricardo Augusto Viani, que idealizou essa série de reportagens e, em parceria com a Coordenadoria de Comunicação Social da UFSCar (CCS), viabilizou sua realização. As quatro primeiras reportagens, com a trajetória dos egressos Rachel Filipov, Lucas Amaral, Thiago Terzi e Lucas Cirilo, continuam disponíveis no site do Campus Araras. Para saber mais sobre o curso de Engenharia Agronômica da UFSCar, oferecido no Campus Araras, acesse www.agronomiacca.ufscar.br.