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Gisele Bicaletto - Publicado em 22-01-2020 13:00
Pesquisa da UFSCar oferece tratamento para pessoas com dor no ombro
Pesquisa compara dois protocolos de tratamento para dor no ombro (Foto: Freepik)
Pesquisa compara dois protocolos de tratamento para dor no ombro (Foto: Freepik)
Uma pesquisa de doutorado da UFSCar está buscando voluntários para comparar dois protocolos de tratamentos indicados para pessoas que tenham dor no ombro e ruptura do tendão do músculo supraespinal, situado na articulação do ombro. O estudo é realizado por Larissa Pechincha no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFt) da Universidade, sob orientação de Paula Rezende Camargo, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da Instituição.

De acordo com Larissa Pechincha, a ruptura nos tendões do manguito rotador - grupo de músculos na região do ombro - está entre os principais diagnósticos em indivíduos com dor no ombro. "O tendão do músculo supraespinal é o mais acometido dentre os músculos do manguito rotador. E a ruptura nesse tendão é mais frequente em pessoas com mais de 55 anos, pois trata-se também de um processo degenerativo relacionado ao envelhecimento", explica a pesquisadora.

A doutoranda relata que, atualmente, vários estudos descrevem que a fisioterapia tem resultados similares ao tratamento cirúrgico em pessoas com a ruptura do tendão dos músculos do manguito rotador, mas ainda não se sabe qual é o melhor programa de exercícios para essa população. O objetivo do projeto é justamente comparar dois protocolos de exercício identificando qual o mais eficaz.

Para a pesquisadora, identificar o tratamento mais adequado vai aprimorar a prática clínica dos profissionais da Saúde que atendem pessoas com esse diagnóstico. "Além disso, podemos evitar que o paciente seja submetido a uma cirurgia e, consequentemente, minimizar possíveis complicações após o procedimento cirúrgico, como permanência da dor, restrição de mobilidade e nova ruptura. Também é possível diminuir as despesas em saúde, pois a cirurgia e o uso de medicamentos analgésicos geram um custo elevado", completa ela.

Para realizar a pesquisa, estão sendo recrutados voluntários, homens ou mulheres, a partir de 55 anos; que tenham, pelo menos, 90° de elevação do braço; com dor no ombro; e que tenham o diagnóstico de ruptura atraumática do tendão do músculo supraespinal (no manguito rotador) confirmado por exames de imagem. Os participantes passarão por avaliações clínicas e funcionais do ombro e receberão tratamento baseado em exercícios, duas vezes por semana, durante três meses. Todas as avaliações e o tratamento são gratuitos e serão realizados no Laboratório de Avaliação e Intervenção do Complexo do Ombro, do DFisio, que fica na área Norte do Campus São Carlos da UFSCar.

Os interessados em participar devem entrar em contato com a pesquisadora até o final do mês de fevereiro para agendar as avaliações. O contato deve ser feito pelos telefones (16) 3306-6695 e (16) 98122-7331 ou pelo e-mail projetoombro@gmail.com. Projeto aprovado pela Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 12899719.5.0000.5504).