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Gisele Bicaletto - Publicado em 12-02-2020 13:00
Pesquisa avalia efeitos da telereabilitação em casos de dor no pescoço
Pesquisa busca voluntários com dor no pescoço para tratamento gratuito (Foto: Pixabay)
Pesquisa busca voluntários com dor no pescoço para tratamento gratuito (Foto: Pixabay)
Uma pesquisa desenvolvida no Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar tem por objetivo comparar dois protocolos de exercícios no tratamento de pessoas que têm dor crônica no pescoço. Um dos protocolos é feito presencialmente com os pacientes e outro é aplicado a distância, por meio de vídeos, orientações por telefone e videochamadas.

De acordo com Luiz Fernando Selistre, docente do DFisio e orientador da pesquisa, a dor no pescoço é a sexta lesão musculoesquelética mais comum em todo o mundo e causa dificuldades na realização de atividades diárias, além de afastamentos do trabalho. "Esse estudo vai avaliar se um protocolo de exercícios aplicado a distância é tão efetivo quanto o presencial. Se for, muitas pessoas que não têm acesso à fisioterapia de boa qualidade poderão ser beneficiadas por este protocolo, que ficará disponível gratuitamente para toda a população", afirma o docente.

Para realizar a pesquisa estão sendo convidados voluntários, homens ou mulheres, entre 18 e 65 anos, que tenham dor no pescoço há mais de três meses, sem histórico de tumores e traumas na região cervical, que não tenham dores crônicas previamente diagnosticadas (por exemplo, fibromialgia), não tenham feito cirurgia na coluna e não estejam em tratamento para a dor no local. Os participantes responderão a questionários, passarão por avaliações, antes e após a intervenção, além de tratamento fisioterapêutico por seis semanas.

Selistre explica que os voluntários serão divididos em grupos, um para o tratamento presencial e outro para os cuidados a distância. "O protocolo presencial e a distância é exatamente o mesmo, a diferença é que no presencial o voluntário terá que ir até a Unidade Saúde Escola da UFSCar e será supervisionado por um fisioterapeuta durante a realização de exercícios. Enquanto o grupo de telereabilitação receberá vídeos com orientações e exercícios via celular ou computador, será acompanhado por telefone e, se necessário, poderá ser realizada uma videochamada, para verificar se o exercício está sendo realizado corretamente", descreve o professor. 

De acordo com o ele, a expectativa é que o método por telereabilitação seja tão efetivo quanto o presencial. "Neste caso ele será disponibilizado para toda a população e poderá beneficiar muitos pacientes que sofrem com dores no pescoço. Como são exercícios fáceis, e nos vídeos contém toda orientação necessária, pessoas com dor no pescoço poderão realizar o protocolo onde e quando quiserem", garante Selistre, reforçando que a telereabilitação não tem como objetivo substituir o fisioterapeuta ou qualquer outro profissional da Saúde e, sim, beneficiar pessoas que não têm condições de fazer fisioterapia, em sessões presenciais.

Interessados em participar do projeto devem entrar em contato com os pesquisadores pelo WhatsApp (16) 99622-1003 ou pelo e-mail npqbrasil@gmail.com. A pesquisa é realizada pela graduanda em Fisioterapia da UFSCar Giovanna Laura Neves Antonio, sob orientação de Selistre, e tem colaboração da professora Mariana Arias Ávila, do DFisio, e da mestranda Mariana Quixabeira Almeida, do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFt) da Universidade. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 13918619.4.0000.5504).