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Gisele Bicaletto - Publicado em 24-06-2021 13:00
Estudo orienta cuidado de bebês com risco de atraso no desenvolvimento
Expectativa do estudo é melhorar a capacidade motora dos lactentes atendidos (Foto: Pexels)
Expectativa do estudo é melhorar a capacidade motora dos lactentes atendidos (Foto: Pexels)
Uma equipe do Laboratório de Análise do Desenvolvimento Infantil (Ladi) da UFSCar está desenvolvendo uma pesquisa que oferece avaliações e orientações gratuitas, em formato online, para estimulação do desenvolvimento motor de bebês com até um ano de idade. O projeto é desenvolvido no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFt) da Universidade, por quatro fisioterapeutas, sob orientação de Nelci Adriana Cicuto Ferreira Rocha, docente do Departamento de Fisioterapia da UFSCar.

O foco do estudo é atuar com bebês, com até um ano de idade, que tiveram alguma complicação durante o parto que os exponha ao risco de atraso no desenvolvimento motor. De acordo com as pesquisadoras, essa faixa etária é um período crítico para o desenvolvimento cerebral dos bebês e ocorrem rápidas mudanças nas habilidades motoras, de linguagem e funções sensoriais. No entanto, elas apontam que o distanciamento social, necessário por conta da pandemia, pode ter dificultado o acesso a cuidados especiais nesse período, o que favorece os fatores de risco apresentados por esses bebês. "A telessaúde pode ser uma alternativa para monitorá-los, pois parece ser uma forma econômica de expandir o acesso aos cuidados especialmente durante esse problema de saúde global", explicam.

Dessa forma, visando diminuir os impactos do distanciamento social e dos fatores de risco apresentados por esses bebês, o estudo propõe um protocolo de reabilitação que conta com a avaliação e intervenção remota das capacidades motoras, participação e fatores ambientais. Portanto, o objetivo do estudo é comparar o efeito de um protocolo remoto de telecuidado - composto por intervenção domiciliar direcionada à tarefa e ao contexto, realizada pelos pais - com a orientação de cuidado padrão, quanto à funcionalidade de bebês com risco para atraso do desenvolvimento.

As orientações propostas pela pesquisa serão oferecidas para bebês com risco de atraso no desenvolvimento motor e serão formuladas por fisioterapeutas, que acompanharão os cuidadores na realização das orientações em casa. A atividade terá duração de três meses e ocorrerá por meio de ligação telefônica ou WhatsApp das pesquisadoras. 

Após as intervenções do estudo, as pesquisadoras têm a expectativa de que os lactentes com risco para atraso de desenvolvimento apresentem melhora na evolução das capacidades motoras.

Participantes
Podem participar do estudo pais/cuidadores de bebês de 0 a 1 ano de idade, que tiveram alguma complicação durante o parto (prematuridade, baixo peso, internação em UTI neonatal, reanimação cardiorrespiratória, falta de oxigenação, dentre outras) e, também, bebês com idade gestacional acima de 37 semanas que não sofreram nenhuma intercorrência durante o parto. Interessados podem entrar em contato diretamente com as fisioterapeutas, até o final deste ano, por meio do WhatsApp: Camila Gâmbaro (11) 95783-8540; Bruna Verdério (16) 98119-5497; Raíssa Abreu (81) 99704-4694; e Marina dos Santos (16) 98158-7477. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 312566205.0000.5504).