Notícia

Adriana Arruda - Publicado em 02-09-2021 12:20 - Atualizado em 02-09-2021
Obra explora usos de agentes eletrofísicos para a saúde da mulher
Livro visa contribuir com a prática clínica de fisioterapeutas (Imagem: Divulgação)
Livro visa contribuir com a prática clínica de fisioterapeutas (Imagem: Divulgação)
Comumente utilizados tanto na prevenção de doenças como na reabilitação de pacientes, agentes eletrofísicos operam com estímulos de energia como correntes elétricas, luzes, sons e variações de temperatura. Assim, eles podem atuar no auxílio à redução de dores, edemas e espasmos musculares; no aumento da mobilidade articular e da força muscular; na amplitude de movimentos; no reparo de tecidos; e no estímulo à atividade neuromuscular.

No caso da saúde da mulher, a escolha por determinada estratégia com esses agentes deve levar em consideração diversas peculiaridades que combinam fatores biológicos com condicionantes sociais, com ênfase na assistência humanizada e qualificada. A temática, que ainda tem poucas contribuições na literatura especializada, foi abordada por pesquisadores da UFSCar no livro "Agentes eletrofísicos na saúde da mulher", recém-lançado pela Livraria e Editora Thieme Revinter. 

Organizada por Patricia Driusso, Mariana Arias Avila e Richard Eloin Liebano, docentes do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da Instituição, a obra foi produzida a partir de revisões bibliográficas e de discussões de casos clínicos entre eles e demais pesquisadores do Laboratório de Pesquisa em Saúde da Mulher (LAMU) e do Laboratório de Pesquisa em Recursos Fisioterapêuticos (LAREF), ambos vinculados ao Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFt) da UFSCar, também autores de capítulos no livro.

O objetivo é apresentar e discutir os agentes eletrofísicos e seus parâmetros mais utilizados na prática clínica e nas pesquisas científicas, especialmente nas condições de saúde feminina. A obra visa, portanto, propiciar embasamento científico na temática aos fisioterapeutas e estudantes de graduação em Fisioterapia, contribuindo na prática clínica de profissionais que atuam especificamente com a saúde da mulher.

Ao longo de 244 páginas, a publicação enfatiza, dentre outros aspectos, a importância da avaliação e do diagnóstico clínico para, juntamente com a mulher, definir qual protocolo será adotado em cada caso e contexto, estabelecendo o objetivo fisioterapêutico de curto, médio e longo prazos. "Só então o profissional deve definir o tratamento, incluindo, quando pertinente, o uso de agentes eletrofísicos, e escolher o equipamento e os parâmetros mais adequados às condições de saúde de cada mulher", detalha Driusso. A escolha do equipamento específico e dos parâmetros dependerão do tipo de demanda - por exemplo, tipo de dor, local, tamanho e profundidade da lesão, qual tecido específico está lesionado, dentre outros fatores.

A pesquisadora destaca a importância, em todo o processo, da participação ativa da paciente. "Ela deve estar muito bem esclarecida sobre o tratamento fisioterapêutico proposto e deve participar ativamente da tomada de decisão clínica, o que será feito em conjunto com o fisioterapeuta e sua experiência clínica. O que precisa nortear a consulta é justamente a prática da Fisioterapia baseada em evidências, tendo como compromisso trazer o embasamento científico dos efeitos fisiológicos de cada agente eletrofísico à paciente", complementa a docente da UFSCar.

O livro "Agentes eletrofísicos na saúde da mulher" está disponível para compra no site do grupo Thieme Revinter.